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A população muriaeense continua preocupada com a dengue na cidade. O número de casos suspeitos tem aumentado, assim como o número de pessoas nas filas dos órgãos ligados à saúde, como Postos de Saúde (PSFs) e hospitais. A Unidade Básica de Saúde do bairro São Francisco (UBS) atende com 24 profissionais e possui um equipamento que detecta rapidamente os exames de sangue da pessoa e de acordo com os números apontados de plaquetas, hematócritos, hemoglobinas e linfócitos, indicam a possibilidade de dengue. Isso pode ser um forte indício de que a pessoa está com dengue, mas não confirma a hipótese.

O exame que daria essa certeza é de sorologia, realizado na Secretaria Municipal de Saúde, e tem de ser feito sete dias após o aparecimento dos sintomas, pois o organismo precisa desse tempo para haver a comprovação. O exame é mandado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Belo Horizonte e compõe o quadro estatístico de pessoas com a doença no estado. Porém, o exame da UBS São Francisco tem o diferencial de disponibilizar o resultado do exame de sangue na hora, ao contrário de muitos laboratórios, que geralmente não o fazem.

Viviane Muniz Monteiro, uma das enfermeiras coordenadora da unidade, explica que existem quatro tipos de vírus da dengue, portanto, infelizmente, as pessoas podem pegar todos eles. O tipo de vírus e a resposta do organismo é que determinarão o impacto da doença, mas o receio é de que a pessoa contraia a dengue hemorrágica. Ela também ressalta que os casos suspeitos são diferentes dos confirmados.
“Temos muitos casos de suspeitas, mas não dá pra levantar um número sem a comprovação, já que somente a sorologia confirma. A dengue não aumentou só em Muriaé, mas em todas as regiões do Brasil. Os órgãos de saúde estão fazendo a parte deles, mas as pessoas também precisam fazer sua parte. Os ovos são depositados na água, resistem ao calor, frio, ficam em período de latência por um bom tempo e eclodem mais tarde. Ninguém está livre”, diz.

Viviane também lembra que foi estabelecido que a porta de entrada é o PSF, ou seja, se detectado que há sinais de sintomas de dengue na pessoa, ela é encaminhada primeiro para a unidade no São Francisco, onde é feita a prova e rápido exame de sangue. Assim, com esses parâmetros, tenta-se resolver através de hidratação, soroterapia, medicação, mas os casos mais graves são encaminhados ao hospital. Portanto, o trabalho dos postos é justamente descongestionar o Hospital São Paulo (HSP).

MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A DENGUE

– Não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nestes pneus para evitar o acúmulo de água;
– Não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência;
– Não deixar a água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.
– A vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada. Deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia;
– Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água;
– Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar;
– As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas;
– Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado).
– Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada;
– As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária.
– Sempre que observar alguma situação (que você não possa resolver), avisar imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.

Como fazer um repelente caseiro contra o mosquito da dengue

Quem nos dá a dica de como fazer um fácil e eficiente repelente natural contra o mosquito da dengue é a farmacêutica Márcia Monteiro de Avellar. (CRF: 16675).

INGREDIENTES:
500 ml de álcool de cereais
10 ml de cravo ou citronela
100 ml de óleo vegetal ou de amêndoas

COMO FAZER:
Em um recipiente de 1 litro que possua tampa, misturar o álcool com os cravos ou a citronela, fechar bem o recipiente e deixar descansando por 4 dias, para que o cravo solte o óleo ou a citronela solte a selva. Após este prazo, filtrar o produto em um coador doméstico ou até mesmo em um filtro de papel (de café). Em seguida, misturar o óleo vegetal ou de amêndoas. Com a mistura pronta, o ideal é acondicionar o repelente em uma embalagem spray, o que facilita a pulverização na pele ou nos compartimentos de sua casa ou local de trabalho. Segundo a farmacêutica, o produto pode ser utilizado a cada 4 horas. Márcia Monteiro ressalta que este produto não é inseticida, portanto não mata o mosquito, apenas o repele e o afasta de sua casa, você ou de seu local de trabalho.

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