Todos sabem que o dia da mentira é celebrado em 1º de abril, mas poucos têm consciência de por que se instituiu essa característica à data. Apesar de não haver uma versão oficial, a mais famosa conta que a brincadeira teria surgido a partir da implantação do calendário gregoriano na França em 1564.
Durante o reinado de Carlos IX na França, que durou de 1560 a 1574, havia diversas festas que celebravam a chegada do ano-novo, que, à época, era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. Durante as celebrações, que duravam uma semana e acabavam em 1º de abril, ocorriam trocas de presentes e bailes animados e duradouros. No entanto, em 1564, o rei francês adotou o calendário gregoriano, que é majoritariamente utilizado até hoje na sociedade ocidental e que institui o ano-novo em 1º de janeiro, enquanto muitos franceses conservadores resistiram à mudança e continuaram a comemorar a data no começo de abril. Alguns gozadores passaram, então, a ridicularizar esse apego e enviar aos adeptos do calendário anterior – que eram chamados de “bobos de abril” – convites a festas inexistentes e presentes estranhos. Com isso, a chacota se firmou no território francês, de onde migrou para a Inglaterra 200 anos depois e, posteriormente, para o resto do mundo.
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