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Plano de Segurança da Copasa vai intensificar ações pela qualidade da água

Parte do Planejamento Estratégico, a proposta é construir, de forma organizada, diretrizes que viabilizem o monitoramento e a melhor água para consumo

A preocupação com a qualidade da água na Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) é pauta frequente no planejamento e nas ações da gerência de informações. O monitoramento é feito em cada ponto do processo, para buscar sempre o melhor resultado do produto que chega aos consumidores.

Pensando em sistematizar seu controle de qualidade, e distribuir aos municípios mineiros abastecidos pela Companhia um eixo norteador para servir de referência nesse processo, a equipe da Copasa está em andamento com estudos e diagnósticos para formulação de seu próprio Plano de Segurança da Água (PSA).

O plano, explica o gerente da Divisão de Pesquisa e Controle de Qualidade da Água e do Esgoto (DVQA), Airis Antônio Horta, é fundamentado nas guias da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orientam a elaboração de um documento que organize os processos de avaliação e monitoramento. No contexto da saúde pública, a OMS atenta para a importância de que sejam estabelecidas diretrizes que permitam aferir e assegurar a qualidade da água para o consumo humano.

A elaboração do Plano, observa Horta, “é um trabalho que as empresas de saneamento estão buscando e que será muito importante. A partir do momento em que tudo estiver estabelecido, poderemos contar com uma segurança ainda maior para a qualidade da água. E também, como consequência, num segundo momento, diminuir os custos operacionais”, destaca o gerente.

Uma vez finalizado, o Plano de Segurança da Água, que compõe o Planejamento Estratégico da Copasa, permitirá às equipes, de forma mais organizada, não só avaliar os sistemas e realizar a monitorização operacional, mas também construir planos de gestão para minimizar os riscos envolvidos.

Construção do Plano

Para colher os dados necessários para a criação do documento, a Copasa definiu nove de seus departamentos, cada um de uma região do Estado, para servir de pilotos para as avaliações da equipe. Foram selecionados os de: Caratinga e Resplendor (Rio Doce), Nanuque (Mucuri), Visconde do Rio Branco (Zona da Mata), Ipuiuna (Sul), São Gotardo (Alto Paranaíba), Perdigão (Centro-Oeste), Belo Horizonte – sistema do Rio das Velhas (Capital e RMBH) e Montes Claros (Norte).

Em cada uma dessas áreas, a equipe tem realizado o trabalho de diagnóstico, avaliação de perigos e classificação de risco, com o levantamento dos detalhes que envolvem todo o percurso da água. Neste trajeto, há os mananciais, a fase de captação, de adução, de tratamento/produção (com todos os seus processos internos: oxidação, coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, correção de pH, fluoretação), até chegar às etapas de reserva e distribuição. “O PSA vai reunir tudo isso em cada cidade, orientando a forma de gestão do sistema”, comenta o gerente.

Questionado sobre que riscos poderiam ocorrer nas etapas do percurso da água, Airis Antônio Horta observa que é difícil dar um exemplo específico, tendo em vista que cada sistema terá condições e características particulares. “Uma das preocupações que temos, no geral, tem relação com a qualidade de água dos mananciais”, aponta. Muitos desses desajustes, no entanto, acabam sendo corrigidos “na própria unidade de tratamento, nossas barreiras de segurança nesse processo”, completa.

Para um exemplo mais específico, Horta cita sistemas localizados em áreas onde há mineração, agricultura e rodovias próximas. A construção de uma barreira, de uma bacia de contenção, seriam algumas das possíveis soluções. “Nesse caso, o plano ajuda a determinar quais pontos do percurso precisam de atenção especial, aqueles que são os pontos críticos de controle”, esclarece. “Com o diagnóstico bem feito ao longo do sistema, é possível saber exatamente que pontos são mais vulneráveis e devem ser ajustados para garantir a melhor água para o consumo”, complementa.

Equipes multidisciplinares vão cuidar desses estudos, avaliando riscos, atuação e elaboração, na sequência, de planos de gestão e de ação, para implementar e monitorar os sistemas. “Estamos na fase final dos relatórios dos pilotos, já caminhando para a versão conclusiva da proposta de implantação em todos os sistemas mineiros. A implementação do Plano de Segurança da Água nos municípios abastecidos pela Copasa está programada para ocorrer no período de 2014 a 2017”, sinaliza.

PSA na legislação brasileira

O Brasil se tornou o primeiro país do mundo a incluir a questão do Plano de Segurança da Água (PSA) em sua legislação. Com a Portaria MS nº 2.914/2011, o Ministério da Saúde incorporou as ferramentas conceituadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com diretrizes e recomendações para que os responsáveis pelo sistema ou pela solução alternativa de abastecimento de água realizem avaliações sistemáticas, com atenção a riscos à saúde, para garantir a melhor água para consumo humano.

Dicas para os consumidores

A água que chega à casa do consumidor, se não for bem armazenada, também pode oferecer riscos. Confira algumas medidas simples listadas pela Copasa e que podem ser feitas em casa:

– Mantenha a caixa d’água sempre tampada;

– Inspecione regularmente a caixa d’água, verificando as condições de higienização;

– Lave a caixa d’água a cada seis meses;

– Para manutenções na parte interna da casa, procure sempre o auxílio de profissionais qualificados;

– Inspecione rotineiramente a rede da água na residência, para detectar possíveis vazamentos e/ou contato da água tratada com a rede de esgoto ou ambiente externo.

Fonte: SEGOV – Sup. Central de Imprensa – Gov. Minas

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