Maior interação e a ressocialização, trazendo os detentos para reintrodução na sociedade, criando postos de trabalho para eles nas Secretarias da Prefeitura Municipal e os transformando em geradores de produção. Estes foram os itens tratados pelo prefeito Grego e a direção da Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior na reunião de hoje, 21 de março, às 9:30 horas, no Centro Administrativo.
Os parceiros acertaram o retorno da fábrica de pães, para fornecer serviço de panificação às creches e escolas da rede municipal, e a volta da horta comunitária. Estudaram também a possibilidade de reativação de outras oficinas. E ajustaram algumas questões na prestação de serviço às secretarias de Administração, Obras e Demsur.
Esteve presente à reunião, além do prefeito, o juiz de Direito da Vara de Execuções Criminais, Adriano de Pádua Nakashima; a diretora Geral da Penitenciária, Maria da Consolação Freitas, com os diretores de Segurança, Fábio Júlio de Freitas e de Atendimento, Eduardo de Oliveira; a secretária de Desenvolvimento Social, Gisele Braga; o secretário de Obras Públicas e Urbanismo, Aderbal Fernandes e o diretor do Demsur, Geraldo Vergílio de Freitas Júnior.
As secretarias da Prefeitura de Muriaé recebem hoje mais de 45 detentos para prestarem serviço nas mais diversas áreas. O propósito, além da ressocialização, é reduzir a pena deles e bonificá-los pela atividade executada. Segundo o prefeito, é preciso investir em políticas públicas que colaborem com a reinserção destes encarcerados à sociedade: “Vejo o convênio como indispensável, pois precisamos de mão de obra para trabalhos internos e externos e, eles precisam ter uma vida social com pessoas de bem, para que aprendam a viver com qualidade e educação”, ressaltou.
O juiz Criminal, Adriano Nakashima, exaltou a parceria na panificação. Segundo ele, é algo muito produtivo para a ressocialização, pois já existem os maquinários adequados para a produção dos pães: “Os detentos devem ser reintroduzidos à sociedade como cidadãos reestruturados para que não sejam reincidentes”, justificou, citando que aqueles que não cumprirem corretamente as atividades serão substituídos.
O Sistema Penitenciário no Brasil está preocupante. Para os diretores, as políticas públicas se tornam necessárias para que o detento cumpra a pena, mas seja reinserido no convívio social, tendo por ferramenta básica a Lei de Execução Penal e seus dois eixos: punir e ressocializar.
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