Durante o período da Semana Santa, comemora-se a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo. Cada dia da comemoração faz referência a um acontecimento: o Domingo de Ramos refere-se à entrada do Rei, o Messias, na cidade de Jerusalém, para comemorar a páscoa judaica. Na segunda-feira seguinte foi o dia em que Maria ungiu Cristo; na terça-feira foi o dia em que a figueira foi amaldiçoada. A quarta-feira é conhecida como o dia das trevas devido à proximidade da morte de Jesus. Na quinta-feira ocorreu última ceia com seus apóstolos, mais conhecida como Sêder de Pessach. A sexta-feira foi o dia do seu sofrimento, sua crucificação. Sábado é conhecido como o dia da oração e do jejum, onde os cristãos choram pela morte de Jesus. E, finalmente, o domingo de páscoa, o dia em que ressuscitou e encheu a humanidade de esperança de vida eterna.

            A Semana Santa é marcada pelo fim da Quaresma, que tem início na quarta-feira de cinzas após o Carnaval e vai até a Sexta-feira Santa. Uma das características principais do período é a tradição que consiste na restrição do consumo de carne vermelha. Contudo, atualmente, é comum reduzir o período para apenas a Sexta-feira Santa, dia em que o alimento principal tende a ser o peixe, como uma homenagem a Jesus por sua crucificação. O hábito tem ainda mais raízes religiosas: uma vez que alguns apóstolos de Jesus eram pescadores, os primeiros cristãos já costumavam presentear uns aos outros com peixes como um sinal de esperança na fé de Jesus. Ademais, o acróstico IXTUS, que significa “peixe” em grego, fazia referência a Jesus. As letras representavam as iniciais de “Iesus Xristos Theos Huios Sopter” que quer dizer “Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador”.

 

 

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