As Operações Terceiro Reinado da Polícia Civil e Nice da Polícia Militar foram deflagradas respectivamente na quarta (15) e quinta (16). Enquanto o objetivo da investida da PC foi cumprir mandados de prisão, a PM pretendia saturar o policiamento preventivo nas zonas quentes de criminalidade (ZQC) e atingiu 86 cidades da região.
Começou na quinta-feira, 16/08, a “Operação Nice” da Polícia Militar. De acordo com nota oficial do 47º BPM, responsável pela ação e sediado em Juiz de Fora, “a Operação Nice foi planejada para ser desenvolvida nas 86 cidades da Quarta Região da Polícia Militar, visando saturar o policiamento preventivo nas Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC), bem como a repressão qualificada aos autores em práticas criminosas e apreensão de materiais ilícitos, principalmente drogas e armas, utilizados na prática de crimes e contravenções penais.”
Em Muriaé a operação tem apoio da 76ª Cia da PM e envolve cerca de 80 militares, que patrulharão também outros 17 municípios. Ainda de acordo com a nota oficial “as ações serão desenvolvidas com o cumprimento de aproximadamente 178 mandados de busca e apreensão, operações de cerco e bloqueio aos infratores, maior visibilidade das ações Policiais Militares nos corredores de maior fluxo de veículos e entrada das cidades, visando a prevenção dos crimes violentos (homicídios, roubos, estupros, entre outros), aumentando a segurança objetiva e subjetiva e diminuindo os índices criminais.”
A Operação Nice conta com a participação de todas as Unidades da Polícia Militar da Quarta Região (2º BPM – Juiz de Fora, 21º BPM – Ubá, 27º BPM – Juiz de Fora, 47º BPM – Muriaé, 10ª Cia Ind – Viçosa, 4ª Cia Ind PE – Juiz de Fora e ainda com o emprego da aeronave), envolve 869 policiais militares e 220 viaturas.”
Já na quarta-feira, 15/08, a Polícia Civil realizou a Operação Terceiro Reinado, que envolveu dezenas de policiais atuando em vários bairros da cidade. Ao todo, foram cumpridos dez mandados de prisão. As diligências aconteceram sob a chefia do delegado Júnior César e coordenadas pelo delegado regional de Muriaé, José Roberto Demétrio.
Em comunicado oficial, a PC afirma que todos os presos são suspeitos de integrarem a mesma organização criminosa de narcotráfico, e que a investigação foi iniciada no fim de 2017. A Polícia Civil ainda informou que as averiguações começaram depois de denúncias sobre um adolescente que teria sido torturado sob acusação de repassar informações a grupos criminosos rivais. A PC detalha ainda que além das identidades dos envolvidos, foi apurada a função específica de cada um deles no esquema do tráfico.
Fotos: Silvan Alves
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