Até o momento foram registradas 29 notificações da doença; nenhum caso foi confirmado

Enquanto cidades da região estão com elevados índices de casos de dengue, a situação da doença e da infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika vírus e chikungunya, está controlada em Muriaé. Os dados são da Vigilância Ambiental, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Muriaé.

 

Até o momento foram registradas 29 notificações – que são casos suspeitos da doença -, porém nenhum deles foi confirmado. No ano passado, Muriaé registrou 200 notificações da dengue, enquanto que em 2017 esse número foi de 110, bem abaixo do ano anterior (2016), quando a cidade teve 4.606 casos suspeitos.

O mais recente Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do ano, realizado entre 21 e 25 de janeiro, também coloca a cidade em posição favorável. O LIRAa apontou redução na quantidade de áreas em situação de risco em comparação com o levantamento de outubro do ano passado. O índice caiu de 1,8% para 1,2%, o que representa a diminuição da possibilidade de epidemia ou surto causado pelo mosquito. Este percentual está bem próximo a 1%, que é considerado de “baixo risco” pelo Ministério da Saúde, sendo, inclusive, menor do que o registrado em cidades da região como Ubá (7,4%) e Juiz de Fora (3,7%), por exemplo.

O prefeito Grego atribui esses dados positivos à conscientização dos muriaeenses, por meio de programas de mobilização, aumento no número da equipe de agentes de controle de endemias e a ampliação das visitas domiciliares.

“Apesar da situação estar controlada, a orientação é para que os muriaeenses continuem atentos para o combate de focos do mosquito em suas residências, como ralos, vasos sanitários e vasos de flores, e tenham uma atenção especial para a disposição correta do lixo”, afirma a diretora de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Carla Morcerf.

Em caso de suspeita de doenças transmitidas pelo Aedes, a orientação é procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência, para preenchimento de notificação e posterior bloqueio vetorial.

Já quem for à rede particular deve pedir ao médico para que faça uma notificação de suspeita de dengue e envie à Secretaria Municipal de Saúde o formulário que está disponível no site do Ministério da Saúde. Com a notificação, o cidadão também terá atendimento prioritário, além de poder fazer exames de forma gratuita. Denúncias e orientações podem ser feitas e solicitadas pelo telefone 3729-1301.

 Educação em saúde e mobilização social – Muriaé conta com um trabalho diário de educação em saúde, mobilização social e ações preventivas ao Aedes aegypti. As atividades são realizadas sistematicamente nas escolas, bairros, unidades de saúde, empresas, igrejas, mutirões e eventos.

Um dos projetos, o “Conhecer para Combater”, foi, inclusive, destaque entre todas as cidades de Minas Gerais pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) em 2017. A ação tem o objetivo de orientar a população a identificar o transmissor, reconhecer os sintomas das doenças e, principalmente, aprender atitudes de prevenção, hábitos que auxiliam no combate ao Aedes aegypti e conhecer o ciclo de vida do mosquito, através da exposição de larvas e pupas.

Há também o “Aedes Positivo”, que foi implementado em janeiro de 2017. O projeto visa orientar a população sobre como manter o imóvel limpo e livre de qualquer foco do mosquito.

Trabalho dos agentes – Outro fator que contribuiu para a diminuição do primeiro LIRAa de 2018 e de manter a cidade em situação estável quanto à dengue é o trabalho dos agentes de endemias.

As equipes visitam as residências da cidade em busca de focos do mosquito e de qualquer objeto que possa servir de criadouro para o Aedes. Os agentes eliminam os focos, caso os encontre, e aplica o larvicida no local, quando não é possível sua eliminação, para que não haja proliferação dos mosquitos.

Em 2017, o setor contava com 38 agentes de controle de endemias. No ano passado, Prefeitura contratou novos agentes de combate às endemias. A equipe foi ampliada e passou a contar com 48 agentes, aumentando o número de visitas e intensificando as ações. Eles também passaram por capacitação sobre a metodologia de trabalho.

Fonte: ASCOM PMM

 

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