As igrejas de Muriaé celebraram a tradicional “Missa das Cinzas” e receberam fiéis na quarta-feira, 26/02, dando início à quaresma, período que antecede a Semana Santa, quando é lembrada a Morte e Ressurreição de Cristo. Em sinal de reverência e arrependimento os fiéis foram ungidos com uma cruz de cinzas na testa, feita pelos sacerdotes e ministros.
Também na quarta-feira, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lançou a Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é: “Fraternidade e Vida: dom e compromisso” — com o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), texto das Sagradas Escrituras, extraído do Evangelho de São Lucas, que conta a história do Bom Samaritano, demonstrando o cuidado e amor com o próximo.
De acordo com o site da CNBB, o objetivo da campanha, que homenageia a Santa (Irmã) Dulce dos Pobres é “incentivar as relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta”. Durante o lançamento, em Brasília, o secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, disse que a vida vem sendo “fortemente desrespeitada” nos últimos tempos. “Ao olhar a vida como um todo, ela nos deseja alertar para o fato abrangente que, através de inúmeras situações, a vida hoje se encontra agredida, ameaçada e também destruída.”
Primeira mulher nascida no Brasil a se tornar Santa, Irmã Dulce foi canonizada em outubro de 2019 e aparece no cartaz da campanha, ao lado de crianças e idosos, nas ruas do centro histórico de Salvador, cidade onde passou a maior parte de sua vida.
O bispo da Diocese de Leopoldina, Dom Edson Oriolo, gravou um vídeo sobre a Campanha da Fraternidade, pedindo que sejam intensificadas as orações e reflexões à luz de seus propósitos e lema. Ele ressaltou a importância do carinho e cuidado com familiares, amigos, necessitados e até mesmo para pessoas não muito simpáticas ao convívio. “Devemos rezar sempre com intuito de ajudar o próximo, à luz da Palavra de Deus, conscientizando sobre o sentido da vida, um presente de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
A Campanha da Fraternidade teve início em 1961, com a mobilização de três padres da Cáritas Brasileira para arrecadar fundos para atividades assistenciais, mas foi realizada pela primeira vez na Quaresma de 1962, em Natal, no Rio Grande do Norte. Com o passar dos anos, o projeto foi expandido para muitas dioceses e, em 1964, foi realizado pela primeira vez a nível nacional. É uma manifestação de evangelização que identifica os problemas da sociedade, promovendo reflexões transformadoras à luz da Palavra de Deus.
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