Muriaé foi atingida por um forte temporal na tarde de quinta-feira, 27/02, entre 17h e 20h choveu 96,6 mm e o acumulado até meia-noite chegou a 108 mm. Em consequência, dezenas de ruas voltaram a ficar alagadas, moradores precisaram lidar com fortes enxurradas e invasão das águas em suas casas, como no Encoberta, Rosário, João XXIII, João VI e Barra. Mais uma vez, a população em geral e os comerciantes reclamaram de prejuízos. A região da praça do Trabalhador novamente ficou intransitável e a saída dos alunos do IF Sudeste foi prejudicada. Quem estuda a noite teve dificuldade de chegar na escola. O Rio Muriaé saiu da calha nas regiões mais baixas, como José Cirilo, Barra, Napoleão e Prainha.
A Defesa Civil registrou chamados para diversos deslizamentos de encostas. Na BR 356, próximo ao distrito de Vermelho um barranco cedeu deixou parte da via interditada, mas a remoção da terra foi realizada logo na manhã de sexta-feira e por volta das 10h o trânsito já fluía normalmente. No bairro São Cristóvão também houve deslizamento de terra e no São Gotardo um barranco caiu na Rua Maria Zenith Madriaga dos Santos. No Santo Antônio um barranco cedeu na Rua Ivanilde Muratóri. No Safira duas ruas foram atingidas por deslizamento de terra, um deles na Rua Rosa Ferrari Braz e outro deslizamento, mais grave, na Rua Miss Dinorah, que chegou a uma igreja evangélica. O Corpo de Bombeiros esteve no local, a rua ficou interditada para avaliação da Defesa Civil e ninguém se feriu. Já um homem chegou a se machucar sem muita gravidade quando um barranco caiu sobre o escadão que liga os bairros José de Abreu e Cerâmica.
A madrugada seguiu com chuva fraca, mas como a tempestade atingiu também Miraí e a cabeceira do Rio Muriaé, mesmo sem chuvas no período da manhã de sexta-feira, 28, o rio continuou a subir. Até o fechamento desta edição não houve registros de feridos graves, nem desabrigados a Prefeitura informou que duas famílias estão desalojadas em função da queda parcial de imóveis que já se encontravam interditados. Ao todo, de acordo com a Defesa Civil, 250 imóveis estão interditados em Muriaé.
A Prefeitura de Muriaé orienta que em caso de enchente, é importante que a população que mora em áreas ribeirinhas mantenham documentos e remédios em locais seguros e de fácil acesso. Os técnicos ainda recomendam que os moradores de encostas devem deixar seus imóveis ao menor sinal de movimentação do solo. A Defesa Civil pede para que em caso de urgência, o órgão seja imediatamente contactado através do número 199.
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