Quinze pessoas de uma mesma família foram contaminadas pela COVID- 19 e todos conseguiram se livrar da doença e estão saudáveis novamente. A família que é muito unida, mora na Rua Alberto José Ferreira, continuação da Silas Macedo no loteamento São Vicente de Paulo entre o Planalto e o Safira. Quem conta a história de superação pessoalmente a reportagem do jornal Folha do Sudeste é Maria da Glória Maciel Marinho, a Glorinha, que falou em nome da família e comemorou a alegria de estarem todos bem.

“A primeira coisa que quero colocar é que ninguém ficou internado. A minha mãe foi a primeira a ser diagnosticada. Desconfiamos, porque ela tinha sintomas de gripe e um inquilino nosso que usava áreas em comum do quintal, e havia se mudado há pouco tempo, infelizmente, foi a primeira pessoa a falecer por COVID-19 em Muriaé. No princípio a gente leva um choque, quando a médica dá a notícia, mas graças a Deus tivemos força, porque Ele nos sustentou o tempo todo.”

Glorinha continua a história dizendo como passou pelo processo. “Eu senti muito enjoo, muita fraqueza, às vezes ficava deitada o dia todo, mas sei que Deus estava ali, me sustentando, por isso, em momento nenhum eu fiquei com depressão ou entrei em pânico. A minha mãe também e meus irmãos. Todos foram pegando a doença, um por um, mas permanecemos unidos. Eles falam: você tem que isolar dentro de um quarto, mas quando a pessoa faz isso é muito pior. Graças a Deus todos pegamos de uma vez, porque assim ficamos todos juntos. Eu melhorava, descia na casa da minha mãe, conversava e me sentia melhor, se precisasse ficar trancada seria pior.”

Glorinha faz questão de afirmar que ninguém na família saiu, ou foi para a rua. “Eu apenas atravessava a rua, mas de máscara, para ver a minha mãe. Eu acho que minha mãe foi a primeira a pegar a doença, porque ela sentiu os sintomas de gripe primeiro. Depois minha irmã pegou e todos foram pegando. E agora todos estamos bem e curados para a Honra e Glória do Senhor Jesus. Porque Deus é muito poderoso e só Ele para nos livrar nessa hora.”

A respeito da testagem, ela explica que nem todos conseguiram ser testados, porque o valor do exame é alto. “Nem todos fizemos o teste, porque é muito caro. Acho que esse teste deveria ser de graça, assim, todos saberiam quem está e que não está com a doença. Porque as pessoas podem estar contaminadas, não saber e ao ir para a rua contaminar outras pessoas. Nós tivemos que pagar o teste para saber se era COVID-19, R$ 250,00 cada um, porque não conseguimos fazer de graça. Então só alguns testaram. Quem não tem condições ou fica isolado ou transmite o vírus.”

Onedir Alves Maciel, de 78 anos, mãe de Glorinha, conta como passou pela doença. “Deus usou minha médica que mandou eu fazer os exames, confirmou a doença e fez ela passar os remédios certos pra mim. Antibióticos, anticoagulantes e penicilina. Tive dor no corpo, coriza, e um pouco de febre, mas muito pouco. Tinha vontade de ficar deitada e quietinha. Foram 15 pessoas com sintomas na minha família, mas seis confirmados, porque nem todos conseguiram pagar para fazer os exames. Ficamos muito unidos, e quem estava melhor cuidava do outro. Minha filha Isabel, que trabalha numa loja de departamentos aqui na cidade, estava melhor e cuidava muito de mim.”

Glorinha fez questão de deixar uma mensagem de otimismo. “Deixe de assistir noticiários, procure um programa evangélico, eles mostram as pessoas curadas da COVID-19 e isso nos fortalece. Colocar Deus em primeiro lugar é muito importante, só Ele para nos ajudar, porque os médicos existem por Deus, então vamos ao médico, mas quem usa o médico é Deus, que encaminha tudo e nos dá suporte, porque se tiver medo é pior.”

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