O estágio do julgamento do ex-sargento da Polícia Militar de Muriaé, Ralf Andrade Maciel, foi marcado pela inexorável contagem do tempo, que culminou precisamente às 18h09 desta quinta-feira. As acusações remontaram ao trágico assassinato de sua prima, Nayara Andrade, em 1º de junho de 2021, um evento que abalou os alicerces da cidade como uma sombra tempestuosa, ecoando pelos locais até então pacíficos onde a vítima, uma manicure, teve sua vida ceifada por disparos cruzados em seu próprio local de trabalho, um modesto salão de beleza na Rua Belisário, no bairro da Barra em Muriaé.
O palco para este drama foi erguido na cinzenta manhã de quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024, às 10h30, quando testemunhas adentraram o recinto do tribunal como personagens de um roteiro cinematográfico. O réu, protagonista desta trama macabra, foi convocado ao centro do palco na quinta-feira e, por meio de sua defesa, em um ato de confissão tardia, declarou-se preocupado.
O embate entre defensores e acusadores parecia se a uma dança silenciosa e inquietante, cujos passos sinistros se arrastaram até as 17h30, quando a juíza Drª Michelle Camarinha de Almeida, em sua cadeira de autoridade, buscou um desfecho onde o réu confesso pudesse cumprir sua pena em uma penitenciária após tirar a vida de um parente tão próximo e, anteriormente, querida. A juíza solícita que todos os espectadores deixem o Salão do Júri para deliberar sobre a pena, um momento de silêncio antes da tempestade, o prenúncio lúgubre do desenvolvimento fatal.
Então, às 18h09, num ato de justiça tão inexorável quanto o próprio tempo, a juíza proferiu sua sentença: 21 anos e 6 meses de reclusão para Ralf Andrade Maciel. O projeto desenvolveu-se meticulosamente, sem sobressaltos, como se a própria mão invisível do destino tivesse traçado cada linha deste trágico enredo.
Ao fim, o réu confesso foi condenado a 21 anos e 6 meses de reclusão por sua participação na sórdida trama que resultou na morte de sua prima.
Ftos: Elias Muratori e Rádio Muriaé
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