Estudos conduzidos junto ao Laboratório de Restauração Florestal da Universidade foram destaque no principal evento do setor no país
A parceria entre a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e a Universidade Federal de Viçosa (LARF-UFV) foi destaque na 16ª edição do Congresso de Ecologia do Brasil (XVI CEB), o mais importante evento do país na área de ecologia, realizado em outubro, em São Lourenço, Sul de Minas.
Os estudos foram apresentados durante palestra ministrada pelo coordenador do Laboratório de Restauração Florestal (LARF) e responsável pela linha de pesquisa de Restauração Florestal da parceria UFV/CBA, professor Sebastião Venâncio Martins. Também participou do evento, seu orientado e pesquisador Fagner Darlan Dias Corrêa, com a apresentação de trabalhos relacionados ao mesmo tema.
Promovido pela Sociedade de Ecologia do Brasil, entidade sediada na Universidade de São Paulo, o Congresso reuniu especialistas de diferentes áreas da ecologia vinculados a importantes instituições de várias regiões do país, além de estudantes de graduação e de pós-graduação. Em sua palestra, intitulada “Restauração ecológica no contexto da mineração”, professor Venâncio apresentou novas tecnologias de restauração e resultados das pesquisas do LARF na CBA, como bolas de sementes com Tecno-solo de bauxita, plantio de mudas altas na restauração florestal com espécies nativas da Mata Atlântica, técnicas de nucleação, monitoramentos de fauna e flora nas áreas restauradas, entre outras.
Por sua vez, o mestrando em Ciência Florestal da UFV Fagner Corrêa, que desenvolve a pesquisa de sua dissertação na CBA, apresentou os trabalhos “Monitoramento de espécies nativas da Mata Atlântica no ambiente de mineração de bauxita na Zona da Mata mineira: uma abordagem baseada no espaçamento de plantio” e “Fitossociologia para identificação de espécies-chave na restauração florestal de áreas em ambiente de mineração de bauxita, na Zona da Mata de Minas Gerais”, ambos desenvolvidos em Itamarati de Minas, em áreas que compõem um importante corredor ecológico que vem sendo implantado pela CBA com orientação técnica e pesquisas do LARF, o qual está conectando três Reservas Particulares de Proteção Natural – RPPNs da região, sendo duas da Companhia e demais áreas preservadas por produtores rurais, formando o maior maciço florestal particular do estado.
De acordo com o professor Sebastião Venâncio, a palestra e os trabalhos apresentados foram muito elogiados pelo público. “Eles tiveram a oportunidade de conhecer um pouco das ações de restauração florestal da CBA comprovando a sustentabilidade da mineração de bauxita na Zona da Mata mineira, que hoje é uma referência para todo o setor de mineração”, relata.
O gerente das Unidades de Mineração da CBA na Zona da Mata mineira, Christian Fonseca de Andrade, destaca que a transparência dos estudos científicos proporciona, para toda a sociedade, conhecimento preservacionista, o qual pode ser replicado não só pelo setor mineral e governamental como também por empreendedores de diversos segmentos com interesse em investir na restauração florestal. “Foi mais uma excelente oportunidade de apresentar os resultados desta parceria de mais de 15 anos em três linhas de pesquisa entre a Mineração Sustentável e a UFV. As ações da linha de restauração florestal, conduzida pelo professor Venâncio, promovem uma verdadeira transformação na paisagem em torno das nossas operações, trazendo ainda mais magnitude para o ‘mar de morros’ da Zona da Mata mineira”, ressalta.
Parceria histórica em pesquisa ambiental
Desde 2008, a CBA desenvolve melhorias em seu modelo de reabilitação ambiental, que têm contribuído para estabelecer uma nova relação entre a mineração, os produtores rurais e o meio ambiente. Os estudos e o desenvolvimento de tecnologias vêm sendo realizadas por meio de um trabalho contínuo de 16 anos em parceria com a UFV, na qual são desenvolvidas três linhas de Pesquisa & Desenvolvimento Tecnológico: Reabilitação Ambiental (Solos), Restauração Florestal (Florestas) e Conservação Hídrica (Hidrologia Florestal).
Com apoio da Universidade, os fragmentos florestais ao redor das unidades de preservação da CBA na região estão sendo ampliados para a formação de corredores ecológicos. A expectativa é que as propriedades criem um maciço ambiental e um local de reprodução da fauna local, agindo como um berçário para as espécies seguirem seu fluxo natural. O processo é realizado através da técnica de plantio de mudas altas de espécies atrativas à fauna, o que favorece a conexão das unidades de preservação a outros remanescentes florestais na região.
Reabilitação Ambiental
A reabilitação ambiental das áreas mineradas pela CBA tem início com a etapa de reconformação topográfica, em que são feitas a reposição da curvatura natural do relevo e o retorno do solo rico, que é reservado e armazenado ainda durante a extração da bauxita. Em seguida, acontece o preparo do solo, com adubação orgânica e mineral. Ao final, é feito o plantio de culturas agrícolas, florestais ou espécies nativas, utilizando técnicas desenvolvidas junto à UFV.
Sobre a CBA
Desde 1955, a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio atua de forma integrada, da mineração ao produto final, incluindo a etapa de reciclagem. Com capacidade de gerar 100% da energia consumida através de fontes renováveis, a CBA fornece soluções sustentáveis para os mercados de embalagens, transportes, automotivo, construção civil, energia e bens de consumo, além de ser líder em reciclagem de sucata industrial de alumínio.
Com a abertura de capital em 2021 (CBAV3), foi a primeira Companhia no segmento a ter ações negociadas na B3 e ingressou na carteira do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial – no seu primeiro ano de elegibilidade. Com receita líquida de R$ 8,8 bilhões em 2022 e R$ 1,6 bilhão de EBITDA ajustado no período, a CBA tem o compromisso de garantir a oferta de alumínio de baixo carbono em parceria com os stakeholders, desenvolvendo as comunidades em que está inserida e promovendo a conservação da biodiversidade.
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