Índice diminuiu de 1,2% para 0,5% em outubro e está abaixo do percentual preconizado pelo Ministério da Saúde
O segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 apontou diminuição na quantidade de áreas em situação de risco em comparação com o último levantamento de janeiro deste ano. O índice atual aponta 0,5% de infestação. No mesmo período, em outubro de 2018, o percentual foi de 1,8%. Além disso, também houve uma redução em relação ao primeiro LIRAa do ano, divulgado em janeiro, o qual apontou 1,2% de focos.
O LIRAa foi realizado entre 14 e 17 de outubro, quando foram visitados 2.017 imóveis em toda cidade. Esta porcentagem de 0,5% está abaixo do índice que é considerado de “baixo risco” pelo Ministério da Saúde – de 1%.
Apesar dos números favoráveis, a Prefeitura orienta que os muriaeenses continuem atentos para o combate de focos do mosquito em suas residências, como ralos, vasos sanitários e vasos de flores, e tenham uma atenção especial para a disposição correta de seu lixo. Em Muriaé, os bairros que apresentaram maior número de focos foram Dornelas, Barra, região da Armação (Centro) e Santa Helena.
A diretora da Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Carla Morcerf, atribui esta diminuição no índice ao trabalho dos agentes de endemias que, constantemente, têm feito visitas nos domicílios e comércio, além das ações de conscientização, como o Recicla Mania, e a reciclagem de penus. “Estamos sempre atentos quando se trata da dengue, zika e chikungunya, realizando ações de prevenção. Mas esse trabalho depende também do auxílio e participação de todos”, diz.
Reciclagem e educação ambiental – Mapeamento realizado por dois anos pelos agentes de endemias apontou que 38% dos criadouros estavam em materiais recicláveis encontrados nos quintais. Pensando nisso, foi criado o Recicla Mania, um projeto que está levando educação ambiental para crianças em 45 escolas de Muriaé, com palestras, gincanas e coleta de recicláveis. Até o momento, os agentes mirins já arrecadaram mais de três toneladas destes materiais, os quais poderiam se tornar criadouros do Aedes aegypti.
O objetivo do projeto é conscientizar as crianças – consideradas importantes multiplicadoras do conhecimento – sobre a importância da correta disposição do lixo para prevenir doenças transmitidas pelo Aedes. Além disso, a iniciativa visa incentivar a coleta seletiva, que contribui para diminuir os focos do mosquito.
Os materiais recicláveis podem ser entregues até 1º de novembro na escola mais perto da residência.