O estágio do julgamento do ex-sargento da Polícia Militar de Muriaé, Ralf Andrade Maciel, foi marcado pela inexorável contagem do tempo, que culminou precisamente às 18h09 desta quinta-feira. As acusações remontaram ao trágico assassinato de sua prima, Nayara Andrade, em 1º de junho de 2021, um evento que abalou os alicerces da cidade como uma sombra tempestuosa, ecoando pelos locais até então pacíficos onde a vítima, uma manicure, teve sua vida ceifada por disparos cruzados em seu próprio local de trabalho, um modesto salão de beleza na Rua Belisário, no bairro da Barra em Muriaé.
O palco para este drama foi erguido na cinzenta manhã de quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024, às 10h30, quando testemunhas adentraram o recinto do tribunal como personagens de um roteiro cinematográfico. O réu, protagonista desta trama macabra, foi convocado ao centro do palco na quinta-feira e, por meio de sua defesa, em um ato de confissão tardia, declarou-se preocupado.