Adriele Lessa, Cirurgiã-dentista do Hospital do Câncer de Muriaé
Um projeto realizado no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Cristiano Varella (FCV), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), terá seu desdobramento na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
O objetivo do estudo, que faz parte da tese de doutorado em Estomatologia da cirurgiã-dentista do Hospital do Câncer de Muriaé, Adriele Lessa, é propor o avanço constante na prevenção e diminuição dos efeitos debilitantes em decorrência do tratamento em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. A pesquisadora embarca, no próximo dia 23 de julho, para os Estados Unidos, com o objetivo colher mais dados para sua tese, por meio de técnicas modernas e avançadas.
A pesquisa, que leva ainda o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), sugere que as bactérias da boca agravam os efeitos colaterais do tratamento desse tipo de câncer e, assim, propõe medidas efetivas que ofereçam mais qualidade de vida aos pacientes durante e após o tratamento. Na universidade norte-americana, os rumos do trabalho de Adriele contarão com a técnica de biologia molecular chamada metagenômica, uma das mais modernas e eficientes do mundo.
“Quando falamos em identificação de bactérias, o exame de cultura, que é muito utilizada nos hospitais do Brasil, apresenta limitações. Apesar de ser eficiente, não é capaz de identificar todas as bactérias, como é o caso da metagenômica, que faz a identificação baseada no DNA, entretanto possui um alto custo. Em Harvard, vou trabalhar em um laboratório que dispõe desta técnica”, afirmou a pesquisadora, que levará consigo amostras colhidas de seus pacientes do Hospital do Câncer de Muriaé, diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço.