Lançamento: dia 7 de abril, na Câmara Municipal de Miradouro e 8 de abril, na Escola São Paulo (antigo Colégio Atheneo São Paulo)

Como um sujeito nascido em Miradouro, pacata cidadezinha do interior de Minas Gerais, pôde se tornar homem de confiança de Juscelino Kubitschek que, por sua vez, filho de uma professora de Diamantina, alcançou o posto de Presidente da República? As coincidências seriam mero acaso? Como nosso personagem, nascido na prístina Santa Rita do Glória, primogênito de um farmacêutico prático, órfão de pai aos 11 anos, tornou-se Cônsul do Rei do Marrocos?

“Das celas da polícia às salas das faculdades, dos cabarés da zona boêmia às naves das catedrais, das pensões de estudante pobre aos palácios governamentais, do estribo de bonde do vendedor nos subúrbios aos luxuosos gabinetes das diretorias empresariais, (…a vida) foi me ensinando que a felicidade só é completa quando fruída coletivamente”, José Alcino Bicalho.

A autora, Rosana Areal de Carvalho, é licenciada em História pela Universidade Federal do Mato Grosso e doutora em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo. Professora de História da Educação na Universidade Federal de Ouro Preto, desenvolve pesquisas nesse campo, com ênfase na história dos intelectuais vinculados à educação e das instituições escolares.

Na trajetória espetacular mas verossímil de O Cônsul do Rei, que caminhos José Alcino Bicalho trilhou? Que escolhas fez? Seguiu um plano? Quais eram seus projetos? Em que medida se realizaram? Que fatos alheios interferiram nos seus planos?

Inserida deliberadamente na História do Brasil e tendo nesta seus pontos de inflexão como roteiro objetivo do percurso, O Cônsul do Rei narra a trajetória de José Alcino Bicalho: brasileiro, nascido no interior das Minas Gerais, e que teve uma vida longa – foram 96 anos de atividade e lucidez mental, moral e política –, profícua e inspiradora.

Esses fatos teriam influenciado a vida de José Alcino? Em que medida? O habitante comum é aquele que menos se vê afetado pelos acontecimentos externos? Como dizem no interior de Minas: a melhor cidade para se viver é aquela que não é notícia. Mas, sem dúvida, não foi assim com José Alcino. Mas, poderia ter sido. O que ocorreu?

O Cônsul do Rei é uma inspiradora e emocionante história real, construída entre o rigor da cátedra acadêmica e o vigor da admiração pela história humana. Ao final, tem-se a compreensão do porquê essa trajetória singular mereceu ser inscrita na História coletiva do Brasil.Enfim, uma figura que merece ser conhecida e reconhecida por todos os brasileiros, principalmente nos dias de hoje, como exemplo de esforço e realização, comprovando que o progresso que se alcança individualmente com integridade, empenho e honradez, iniludivelmente repercute positivamente em benefícios do bem coletivo da sociedade.

Veja mais na edição 751 do Folha do Sudeste

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