O Dia do Esportista é comemorado anualmente em 19 de fevereiro. A data oficial, no entanto é outra: 23 de junho, a mesma do Dia Mundial do Desporto Olímpico. Tem explicação. O Dia do Esportista, originalmente, foi criado a partir da Lei nº 8.672, de 6 de Julho de 1993, conhecida como “Lei Zico”. No artigo 54 constava seria em 19 de fevereiro. Mas em 1998, foi publicada a “Lei Pelé” ou “Lei do passe livre”, instituindo uma nova data que não pegou, então… o povo resolveu manter 19 de fevereiro para comemorar a pratica do esportismo no Brasil.

Mas o que importa mesmo é o objetivo da proposta: incentivar, conscientizar e homenagear a pratica do esporte, como meio para o desenvolvimento de uma vida muito mais saudável. Especialistas afirmam que o exercício físico atrelado a uma dieta saudável é recomendado para quem pretende manter uma boa qualidade de vida.

A prática esportiva também ajuda as pessoas a desenvolver aptidão para o trabalho em equipe, concentração, paciência e cooperativismo, além, é claro, do condicionamento físico, que fica em dia.

A Folha do Sudeste conversou com o atleta, esportista e corredor, Albino Rocha.  Ele é carioca, nascido em 11 de dezembro de 1946, radicado em Muriaé há 17 anos, tem inacreditáveis 72 anos de idade, já correu mais de dez maratonas e coleciona uns 100 troféus e medalhas pelas corridas que participou.

 Divorciado, é pai de três filhos (Albino Junior, Alexander Rocha e Alan Rocha) e avô de três crianças (Jennifer, Julia e Lucas), faz questão de avisar que está em um relacionamento sério com Edilene Barbosa, que o acompanha no esporte. O Vascaíno não esconde que gosta de dançar e tomar umas cervejinhas de vez em quando, mas treina cinco vezes por semana além de malhar. Haja fôlego!

 

FdS – Com qual idade você começou a praticar atividades físicas? Por quê?

Albino – Comecei a praticar atividades físicas a partir dos 14 anos, embora aleatoriamente, pois na minha época ninguém falava nada pra ninguém. Comecei com futebol, desde o Colégio interno e depois em academia com jiu-jítsu, porque eu achava bacana.

 

FdS – Qual a escala de importância que as atividades físicas têm na sua vida?

Albino – Sempre falei pras pessoas, novas ou velhas sobre a importância da atividade física e boa alimentação, pois com 72 anos não conheço a palavra remédio, a não ser em casos de contusão.

 

FdS – E os herdeiros, já tem novos atletas na família?

Albino – Um dos meus filhos, o Alan, é treinador de Jiu-Jítsu, mas ainda não tenho nenhum neto nem neta que treina comigo, pois duas moram fora de Muriaé, em Volta Redonda e Itaperuna e o Lucas ainda tem três anos.

 

FdS – Você aconselha a todas as pessoas na sua idade praticarem uma atividade física?

Albino – Não só aconselho como explico a necessidade da musculação para pessoas idosas e novas também, é uma manutenção do nosso corpo e uma maneira de nos proteger e reforçar nossa imunidade, além de fortalecer a musculatura, principalmente na terceira idade. Eu faço corridas, musculação e natação.

 

FdS – Agora gostaria que você nos contasse um pouco sobre a sua história, como a corrida entrou na sua vida e o que ela trouxe de bom.

Albino – A vida de corredor começou por necessidade de mudar de esporte, eu fazia jiu-jítsu, tive problema nos meniscos e fui obrigado a parar com a luta. Comecei a correr por mim mesmo aos 32 anos para emagrecer e incentivei muitos corredores, principalmente mulheres que são as que mais me procuram para se desenvolver. Já tive quatro grupos de corrida em Muriaé, mas sem ajuda é muito difícil manter.

 

FdS – Quais os títulos mais importantes que você já conquistou? E qual o momento mais marcante da sua carreira no esporte?

Albino –  Eu conquistei muitos troféus no Brasil em vários estados e no exterior, Meia Maratona de Buenos Aires, Deserto do Atacama – Chile, Vale Sagrado dos Incas – Peru, corri no Deserto do Sahara – Marrocos, Ushuaia – Patagônia, Argentina a 7° abaixo de zero. Conduzi a Tocha Olímpica em Muriaé e cheguei a gravar um programa no GNT/Globo chamado “MUITOS ANOS DE VIDA”, onde pessoas acima de 50 anos explicam como envelhecer sem se preocupar com a idade.

 

FdS – Quais os próximos projetos?

Albino – Em agosto estarei voltando a Ushuaia e quem sabe em novembro ao Deserto do Sahara. Não tenho patrocínio, tudo sai do meu bolso, e eu levo o nome da Cidade para cada país que eu vou. Para se ter uma ideia, a Tocha Olímpica que carreguei com muito orgulho em Muriaé tive que pagar R$2 mil.

 

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