A cidade de Muriaé amanheceu com uma mega operação denominada “Catarse”, do GAECO. Os agentes foram em diversas residências de vereadores, na Câmara Municipal e em diversos pontos comerciais, de possíveis fornecedores de material para órgãos públicos.

A operação segue durante o dia e possivelmente devem apresentar os motivos e os resultados do trabalho realizado.

Estão sendo apuradas condutas de agentes políticos da Câmara Municipal de Muriaé, que teriam compelido servidores públicos a repassarem parte de seus vencimentos a eles, prática conhecida com “rachadinha”, inclusive coagindo-os a realizarem empréstimos bancários para a concretização dos delitos. Desses servidores vítimas, alguns declararam que ficaram endividados e chegaram a adoecer em razão das ameaças indiretas perpetradas pelos investigados.

Além disso, também se apura a ocorrência de um complexo esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, em especial quanto à contratação de empresas aparentemente de fachada pelo Município de Muriaé, que pode ter gerado um dano ao erário superior a R$10 milhões.

A operação de hoje objetiva cumprir 39 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, bem como objetiva a indisponibilidade, a constrição e o bloqueio de bens e valores dos investigados num patamar aproximado de R$12,5 milhões..

São alvos das diligências cinco vereadores em exercício, três ex-vereadores, seis postos de gasolina, três construtoras e 12 empresários.

Para o promotor de justiça coordenador do Gaeco, Breno Costa da Silva Coelho, “delitos como os de corrupção, concussão, peculato, fraude à licitação e lavagem de dinheiro matam pessoas silenciosamente e coletivamente, já que ocasionam a miséria, a fome, a falta de leitos nos hospitais, a escassez de recursos destinados aos órgãos e setores responsáveis pela segurança pública, saúde, meio ambiente e educação, dentre outros efeitos gravíssimos, sendo imprescindível a apuração pormenorizada e contundente dos fatos sob investigação”.

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