Foi realizada, na manhã do último sábado (4/3), em Muriaé, a posse da nova diretoria do ‘Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muriaé, Rosário da Limeira, Barão do Monte Alto e São Sebastião da Vargem Alegre’, ocasião em que Dalberto Luiz Gomes deixou o cargo de presidente da entidade, passando a responsabilidade para o colega Eduardo Antônio de Alcântara, que dará continuidade aos trabalhos. Assumiu a vice-presidência Davi Aparecido de Oliveira. Logo após os discursos e encerramento da solenidade, foi servido um almoço com churrasco. Marcaram presença representantes de vários sindicatos e entidades da região.
Eduardo Antônio de Alcântara, empossado presidente do STR, explica que foi feito o convite para fazer um momento simbólico de posse, com a importância de reunir a diretoria e confraternizar com os parceiros. Para ele, é um desafio administrar e tem a ciência de que não será fácil. “É mais um trabalho que dá continuidade à administração 2013/2021, para manter os direitos dos trabalhadores rurais. Em 2012, eles me convidaram para reuniões, uma vez por mês e no final daquele ano já tinha a eleição da diretoria 2013/2017. Eu compus a chapa e cada dia tenho aprendido mais com o movimento, defendendo a vida do trabalhador, então aceitei quando me indicaram e fomos eleitos também para esse mandato 2017/2021. Sempre a chapa é única. Conhecemos toda a história do Sindicato, de como foi a luta lá em 1986, as dificuldades que tínhamos na época, de chegar com uma estrutura pronta e ser indicado a diretor-presidente. É um grande desafio, porque temos que dar continuidade a esse trabalho, uma responsabilidade incalculável para defender nossos direitos. O trabalhador rural é sofrido, pois trabalha no sol e na chuva. Sabemos as dificuldades e estamos aí para acolher no que for necessário”, explica.
Para João Paulo Dias da Fonseca, suplente do Conselho Fiscal e presidente da Cresol Fervedouro, este é um dia importante para a história do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, iniciado no ano de 1986, passados 30 anos. Ele conta que várias diretorias já se passaram, dando sua contribuição, e tem 7 anos que ele está à frente do Sindicato (uma vez por 4 anos e outra por 3 anos), sendo que, em sua época tudo era diferente do que vivemos hoje, eram outros desafios e não os que a diretoria atual assume hoje em dia. Mas, tem toda a certeza que, na época, deu sua importante contribuição, assim como o Dalberto e agora o Eduardo, que assume novos desafios, com momentos mais difíceis se comparados à primeira diretoria. “Não foi fácil, mas atualmente, principalmente com as dificuldades que o Governo atual tem colocado, querendo acabar com o Sindicalismo, com os direitos do trabalhador, com a Reforma da Previdência que praticamente exclui os trabalhadores rurais, esse povo que talvez seja a grande conquista do Sindicato esses anos e os direitos que adquirimos com tempo, estamos correndo risco de perder com o Governo Temer. Então, é um grande desafio que a atual diretoria tem, de fortalecer a luta sindical, para continuar com os direitos dos trabalhadores do campo. não sabemos como será daqui a 15 anos. Temos um conjunto de lideranças e de parceiros. Diante desse momento conturbado que estamos vivendo, mais do que nunca, devemos unir forças. As organizações estiveram muito afastadas uma das outras, até mesmo o próprio Sindicato dos Trabalhadores Rurais”, acrescenta.
Dalberto Luiz Gomes, à frente da presidência por 4 anos, passa agora para o Eduardo. Ele completaria em fevereiro 11 anos de Sindicato e agora está na Diretoria de Formação Sindical, Jovens e Mulheres. Sua avaliação é positiva sobre o trabalho concretizado, com grandes conquistas públicas, como: o Programa Nacional de Habitação (mais de 25 casas no valor de mais de R$ 700 mil, beneficiando 25 famílias); o êxito em conseguir acompanhar o Programa Nacional de Crédito Fundiário; uma conquista aprovada no mandato de João Paulo, a liberação do PRONAF e a oportunidade de ver a Cooperativa de Crédito Rural operacionalizá-lo; o acompanhamento do PENAI; a fonte de renda através da comercialização do produto; o atendimento à base em São Sebastião da Vargem Alegre, um município de agricultores fortes; a sede em Rosário da Limeira (sem custos de aluguel há mais de 3 anos); entre outros. “Se olharmos do ponto de vista de luta, os movimentos sociais do mundo inteiro deram uma freada, então, devido ao nosso prejuízo, já tivemos no campo da saúde, mas avaliamos que precisamos de um trabalho, de uma retomada, no sentido de voltar para o campo, para garantir o que já temos. Esse é um dos grandes desafios que essa nova diretoria vai ter. Passo a diretoria com a sensação de dever cumprido, mas sempre falhamos em alguma coisa e estamos juntos na luta, independente do cargo que ocupamos. Desejar boa sorte à nova diretoria, muito sucesso, que o trabalho possa ser vitorioso e que consigamos alcançar nossos objetivos. Desejo a todas as mulheres um feliz 8 de Março, pois a luta das mulheres é nossa também. Hoje não existe essa questão de submissão da mulher. Se ela não ajuda, o homem de certa forma acaba ficando incompleto. Temos a missão e o dever de lutar sempre a favor delas e estamos todos juntos nesse objetivo”, completa.
Segundo Antônio Carlos Bagle, Conselheiro Fiscal, presidente da COOPAF e do Conselho Fiscal do Sindicato, é um momento muito importante, porque desses 30 anos, ele teve a honra de ser o 2° presidente. “O sindicato veio se transformando, trazendo novas entidades, a própria CRESOL nasceu no Sindicato. Esse é um momento de extrema importância para nossa sociedade, o município de Muriaé e cidades vizinhas. Estamos numa luta contra os direitos que estão sendo cortados”, destaca.
Davi Aparecido de Oliveira ficou muito satisfeito em ser escolhido pelos trabalhadores como vice-presidente. “Hoje, com um mandato de vereador em Rosário da Limeira, pautado nos trabalhadores rurais, sei que temos muita luta pela frente. Estou disposto a enfrentar os desafios, que são muitos. Vamos com muita força, fé e coragem, prontos para superar os obstáculos. Desejo ao Eduardo muitas felicidades e muita coragem”, completa.
Por sua vez, Adriana Aparecida de Morais Ribeiro, atualmente coordenadora do CEIFAR, por muitos anos vem participando dos movimentos sociais. Ela já fez parte da diretoria do Sindicato e vem acompanhando esse trabalho, que avalia como muito importante, em prol dos agricultores, seja pela luta de direitos, pelo espaço de apresentação e pela execução de políticas públicas. “Em nome do CEIFAR Zona da Mata, deixo meus cumprimentos para o Eduardo, atual presidente, juntamente com a nova diretoria, assumindo o cargo. Desejo que eles tenham força, coragem e possam, juntos com os agricultores, muito importantes nesses momentos, fazer um trabalho de base. Que seja dada continuidade a um projeto bem feito, o que já aconteceu”, finaliza.
Diretoria
Presidente: Eduardo Antônio de Alcântara
Vice-Presidente: Davi Aparecido de Oliveira
Tesoureiro: Adair Rodrigues da Fonseca
Vice Tesoureiro: José Alberto Rosa de Lacerda
Diretor de Reforma Agrária e Agricultura Familiar: Antonio Maria Fortini
Vice Diretor de Reforma Agrária e Agricultura Familiar: Efigênia Maria Monteiro
Diretor de Formação Sindical, Jovens e Mulheres: Dalberto Luiz Gomes
Vice Diretor de Formação Sindical, Jovens e Mulheres: Nadir Camargo da Costa
Diretor de Política Salarial, Políticas Sociais e Prev. Social: Maria Aparecida de Oliveira Silva
Vice Secretário da Prev. Social: Rosana Aparecida Marini e Silva
Conselho Fiscal
Conselho Fiscal: Luiz Jose do Prado
Conselho Fiscal: Antônio Carlos Bagle
Conselho Fiscal: Roseli Mendes da Silveira Oliveira
Suplente: José Braz de Lima
Suplente: Carlos Alberto e Oliveira
Suplente: João Paulo Dias da Fonseca
Delegados Representantes
Delegado Representante: Eduardo Antonio de Alcântara
Delegado Representante: Dalberto Luiz Gomes