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Após 06 (seis) meses de intenso trabalho chega ao fim a execução do plano de ação de reforço da coleta seletiva de Muriaé, idealizado pela equipe de gestão da Divisão de Limpeza Urbana do DEMSUR.

A primeira estratégia adotada foi, em agosto/13, buscar parcerias para prosseguimento das demais ações, dentre elas as escolas municipais e estaduais, sob a gestão da Sec. Munic. de Educação e Superintendência Regional de Ensino, respectivamente, agentes de saúde dos PSF’s e de Endemias, sob a coordenação da Sec. Munic. de Saúde, Equipe dos Desbravadores, da Igreja Adventista do 7º dia, Tiro de Guerra, Grupo dos Escoteiros, estudantes do Curso Técnico de Meio Ambiente do IF Sudeste e CEM – Centro Educacional de Manhuaçu e Polícia Ambiental. Reuniões foram feitas por todo o mês com os parceiros, sendo convidados para a última os profissionais da comunicação (jornais, sites, TV e rádios), já que são considerados formadores de opinião.

Firmadas as parcerias foram realizados seminários, em setembro/13, com o tema “Os passos da coleta seletiva de Muriaé”, sob a colaboração dos professores Dr. Marcos Alves de Magalhães e Dra. Adriana Magalhães. O objetivo dos seminários foi trabalhar a questão da gestão dos resíduos sólidos, em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, com ênfase em coleta seletiva e a forma de funcionamento de tal serviço, em Muriaé. Ao todo foram 08 (oito) horas de palestras e apresentações, sendo capacitadas cerca de 500 pessoas consideradas como multiplicadores do projeto. Os dois seminários apresentaram o mesmo conteúdo, porém, o público do primeiro contemplou os profissionais da educação e o segundo os agentes multiplicadores acima citados.

Uma vez firmadas as parcerias e capacitados os agentes multiplicadores, chegou a hora de colocar em ação o que foi ensinado, ou seja, quais os cuidados que se deve ter com os resíduos sólidos, como deve ser feita a separação do “lixo” (secos e úmidos) e a forma de coleta (porta a porta). Em outubro/13 todas as escolas e PSF’s, instalados nos 18 bairros de muriaé com coleta seletiva, receberam 01 (um) container verde, para separação dos recicláveis, 01 (um) container marrom, para a separação do lixo úmido, que são os restos de comida (orgânico) e rejeitos (banheiro e outros), e 01 (um) banner explicativo com informações complementares. O DEMSUR entende que para se ter sucesso com a limpeza da cidade é imprescindível trabalhar paralelamente a questão da educação ambiental, o que é impossível sem a participação das escolas. E para que a escola aborde a questão, primeiro precisa trabalhar a mudança de hábito da própria instituição na separação correta do lixo, para assim ser um exemplo a seguir.

Finalizando, em novembro e dezembro, foram realizadas as visitações domiciliares. Cerca de 16.000 residências foram visitadas pelos agentes multiplicadores, para entrega de informativos e imas de geladeira, ensinando em como separar o lixo e quais os dias de coleta pelo caminhão da coleta seletiva. Nesta visitação outros 02 bairros foram contemplados com o programa: o Alto do Castelo e o Coronel Izalino. A meta foi trabalhar 18 bairros e além de ter sido cumprida, dois outros bairros receberam a implantação.

Mesmo sendo uma exigência legal, o programa de coleta seletiva é de extrema importância, pois aborda questões ambientais, sociais e econômicas. Ambientalmente falando, aumenta a vida útil do aterro sanitário, já que toneladas de resíduos recicláveis não são mais enterrados, e toneladas de recursos naturais deixam de ser extraídos da natureza, como é o caso do vidro: 01 tonelada reciclada produz novamente 01 tonelada de vidro e evita a extração de 1,3 toneladas de areia, matéria prima utilizada para a fabricação do vidro. Sob a questão social proporciona uma vida digna aos agentes ambientais, mais conhecidos como “catadores de lixo”, pois uma vez que fazemos a separação do lixo em casa, não será mais necessário que eles fiquem no meio do “lixão” fazendo a separação. E econômica por evitar que toneladas de “Reais” sejam enterradas no meio do lixo, gerando renda àqueles que sobrevivem de sua comercialização.

Em Muriaé a implantação do aterro sanitário está sendo concluída, um investimento de cerca de R$ 2 milhões, e quanto menos resíduo for enterrado, maior será sua vida útil, estimada, inicialmente, em 20 anos. Uma forma de controlar esse volume é ter os serviços de coleta seletiva; a partir de agosto/14 todos os municípios brasileiros deverão destinar de forma ambientalmente correta os resíduos sólidos e contar com tais serviços.

Pode-se considerar que o plano de ação foi encerrado com sucesso, com meta superada, planejamento cumprido, e investidos cerca de R$ 40.000,00. A coleta seletiva funciona em dias alternados com a coleta convencional e os serviços são gratuitos. Todo o resíduo recolhido é 100% doado aos catadores. E o trabalho não pára por aí; é importante que a população acompanhe a regularidade e logística do caminhão da coleta seletiva, já que todas as ruas dos 20 bairros com coleta seletiva deverão ser atendidas pelo programa. Para dúvidas, sugestões e reclamações ligue 195 ou 3696-3476.

 

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