HSP

Tema é discutido em reunião com a presença de representantes de 10 cidades vizinhas

Com o objetivo de expor a situação financeira atual do Pronto Socorro do Hospital São Paulo (HSP) – principal serviço de urgência e emergência, a instituição realizou uma importante reunião, em seu auditório, na sexta feira (10/2). À convite da direção, compareceram prefeitos, secretários municipais e demais representantes de 10 cidades vizinhas: Antônio Prado de Minas, Barão do Monte Alto, Eugenópolis, Miradouro, Miraí, Muriaé, Patrocínio do Muriaé, Rosário da Limeira, São Francisco do Glória, São Sebastião da Vargem Alegre e Vieiras.

O vice-provedor do HSP, Edivar Almeida, explicou que, de acordo com os levantamentos, o Pronto Socorro atualmente tem um déficit de mais de R$ 200 mil por mês, mesmo com o repasse da Prefeitura de Muriaé. 85% dos atendimentos realizados são referentes a pacientes de Muriaé e o restante são de cidades da região. Com uma contrapartida financeira dos municípios, as contas não chegariam a ser equilibradas, mas viabilizaria a permanência do atendimento do Pronto Socorro. Os principais pontos de desequilíbrio seriam a crise financeira dos municípios e o repasse do Sistema Único de Saúde (SUS), que corresponde a aproximadamente 40% do gasto real do Pronto Socorro.

O provedor do HSP Sr. Messias Vardiero fez uso da palavra para destacar a importância do hospital para a população e demonstrou toda sua preocupação com a situação que se encontra a instituição. O balanço de prestação de serviços e gastos do ano de 2016 foi apresentado pela administradora hospitalar do HSP, Rita de Cássia Pereira de Castro. O levantamento apontou que, durante os 12 meses do último ano, 115.836 pessoas passaram pelo serviço debatido. Com um custo mensal de mais de R$ 3,2 milhões, e a receita do SUS sem chegar nem a R$ 2,6 milhões, o resultado foi um déficit mensal de R$ 617 mil.

Outros membros da diretoria também debateram essa questão. Participou da reunião o vice-prefeito de Muriaé, o médico pediatra Dr. Marcos Guarino, valorizando este setor, sua importância para a população dos municípios que o utilizam e ressaltando que não concorda com algumas atitudes da Prefeitura de Muriaé com o tema. Vale lembrar que Muriaé repassa mensalmente para o Pronto Socorro a quantia de R$ 203 mil.

Para o médico e diretor técnico do HSP, Dr. José Santos Mostaro, é de extrema relevância que este problema seja resolvido o mais rápido possível, de modo a cobrir esse déficit que está causando desordem nas finanças.

Veja mais na edição 745 jornal Folha do Sudeste

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