Dia Mundial de Conscientização do Autismo é lembrado em Muriaé com atividades na Praça João Pinheiro
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado dia 2 de abril, não passou em branco em Muriaé. Alunos, responsáveis, pais, mães, professores e funcionários da Escola Estadual de Educação Especial Walter Vasconcelos, que funciona junto com a APAE de Muriaé e a AMA (Associação Muriaeense do Autismo), promoveram uma ação especial na Praça João Pinheiro. O evento aconteceu à tarde e teve o objetivo de mostrar os aspectos do autismo e assim, evitar o preconceito. Ao final do movimento, centenas de balões azuis, a cor que representa a condição, foram soltos na praça.
A Diretora da Escola Walter Vasconcelos, Valéria Cristina Silva Gonzales Martinez, afirmou que é preciso mostrar para a sociedade o público atendido pela escola, crianças com necessidades especiais, e aproveitar as datas para discutir a especificidade de cada um. “A maior barreira em relação ao inter-relacionamento das pessoas com o autista é que eles não têm características físicas específicas da sua condição, então, não aparentam ter necessidades especiais. Mas eles têm suas características e precisam ser respeitadas. Quando, por exemplo, vemos uma criança autista excessivamente agitada ou fazendo uma pirraça, não devemos julgar. Na maioria das vezes não é o que parece, mas apenas o modo que essa criança encontrou para se expressar.”
As atividades seguem no final de semana com o Primeiro Encontro de Conscientização do Autismo, promovido pela AMA – Associação Muriaeense do Autismo, no Teatro Zaccaria Marques, à partir das 8h30 do dia 6 de abril, sábado. Durante o evento fazem palestra o Advogado Eduardo de Assis Pinheiro, que fala sobre como garantir a proteção dos diretos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Médico Ênio Moreira Bernardo, que vai falar sobre tratamento do Transtorno do Deficit Autista. As vagas já estão esgotadas e as crianças cujos pais se inscreveram terão direito a uma manhã de brincadeiras no Tio Vovô Play.
Marcelo Correa da Silva, tem um filho autista de 9 anos e faz parte da diretoria da AMA, ele explica que o trabalho da entidade envolve troca de experiências, acolhimento e indicação de profissionais especializados que atuam na região. “Às vezes é muito difícil pra a família quando recebe um diagnostico de autismo a falta de informação também é uma barreira, então buscamos preencher algumas lacunas, afirma Marcelo, que também busca melhor infraestrutura para o desenvolvimento das atividades. “Tínhamos uma sede emprestada no Rodrigão, mas acabamos perdemos, então, agora, funcionamos com um grupo ativo no whatsapp, mas já estamos com documentação encaminhada para receber recursos do poder público. Precisamos de tudo, desde material de trabalho até funcionários, se for o caso.”
Celiane da Silva Perez Almeida, também faz parte da associação, ela conta que tem um filho autista com 21 anos e afirma que cabe às famílias se adaptarem ao autista. “Ainda existe muita falta de informação. Conheço adultos, que passavam por alguns problemas e só foram se descobrir autistas nessa fase da vida, porque temos um conjunto de sintomas que se forem leves, podem não ser levados em conta. Por isso, quanto mais pessoas se conscientizarem, mais fácil diagnosticar e conseguir uma melhor qualidade para essas pessoas.”
O ex vereador Odilon Braga, marcou presença no evento, ele que também tem um filho autista e está sempre apoiando e incentivando os trabalhos realizados pelas instituições de Muriaé.
A Escola do Flamengo em Muriaé está disposta a colaborar com as pessoas autistas, uma vez que a procura para se matricular tem sido grande. O diretor Fábio Pereira de Souza convida a todos, quem ainda não conhece o trabalho da escola, venham nos fazer uma visita!
Deixe um Comentario