Para celebrar o Dia do Muriaeense, em 6 de setembro, o jornal Folha do Sudeste preparou uma entrevista exclusiva com o empresário Geovane Caetano, diretor da empresa Orolglass. Ele fala com otimismo, da forma como, com competência e muita perseverança, conseguiu driblar a crise e crescer, mesmo em meio a uma pandemia. Nascido em Rosário da Limeira, mas muriaeense por adoção completa, o experiente empresário, que há anos se dedica ao ramo do vidro e agora vidraçaria, conta como fez o negócio prosperar em Muriaé e região.

Folha do Sudeste: Nesse ramo, trabalhar com qualidade e oferecer um serviço de excelência é o grande diferencial para o crescimento da empresa e a consolidação da marca. Como vocês chegaram até aqui?

Geovane: Estou em Muriaé desde 1991 e tenho muita gratidão por esta cidade, que me acolheu de braços abertos. Foi aqui que pude me desenvolver pessoal e profissionalmente, sempre trabalhando na indústria e no comércio local e professor universitário. Hoje guiamos a nossa própria empresa e buscamos um conceito diferente que é a qualidade e um diferencial de produtos, sempre trazendo novidades.

Folha do Sudeste: Esse plus que a empresa oferece aos clientes, sempre em busca de novidades, é uma ideia inovadora, como vocês desenvolveram o conceito?

Geovane: Eu trabalhei muito tempo em indústrias no ramo do vidro e percebi que isso não andava no mesmo “time” dos fornecedores locais, um pouco atrasados em relação ao que estava acontecendo no seguimento vidreiro.  Na empresa onde eu trabalhava, tive oportunidades de ver novidades, nas feiras e congressos onde eu participava, como a Glass Performance Days, por exemplo, e percebia a defasagem em relação a Muriaé. Esses eventos internacionais e até mesmo feiras nacionais, nos deram o propósito de abrir uma empresa que trouxesse qualidade e diferenciação. Esse é o nosso foco e propósito.

Folha do Sudeste: Com certeza esse é um nicho que não ficou restrito a Muriaé?

Geovane: Temos a cidade de Muriaé como ponto estratégico na Zona da Mata, mas conseguimos atender toda microrregião, como Cataguases, Leopoldina, e também o estado do Rio de Janeiro, em cidades como Itaperuna, São José de Ubá, Porciúncula, Natividade e até a Região dos Lagos. É importante destacar que ao atendermos fora do município, o recurso financeiro vem para Muriaé, tanto em impostos, como em geração de empregos entre outros.

Folha do Sudeste: E quais a expectativas da empresa para os próximos meses?

Geovane: São as melhores possíveis. Esse ano de 2020 foi atípico para muitos empresários, principalmente os do ramo do comércio, mas nós da Orolglass não podemos reclamar. Tivemos um crescimento muito bom, em torno de 25%, e já estamos projetando o nosso showroom, que vai funcionar em amplo espaço no bairro Dornelas, próximo ao posto Avenidão.

Folha do Sudeste: Qual a necessidade de trazer um showroom para Muriaé?

Geovane: Nossa cidade, no ramo do vidro, só fazia o “feijão com arroz”, janelas, portas essas coisas básicas, quando a Orolglass entrou no mercado trouxe muitas novidades e daí surgiu a necessidade de mostrar esses produtos aos consumidores. Faço obras de alto padrão, e os responsáveis por elas não podiam decidir pelos produtos apenas por catálogos ou nas páginas da internet, era necessário ver os produtos, tocá-los, então eu precisava levá-los ao showroom de Vitória, e como esse volume de clientes aumentou muito, estava ficando mais dispendioso levá-los lá do que abrir um espaço aqui na cidade.

Folha do Sudeste: Então o Showroom será o cartão de visitas de vocês?

Geovane: A nossa intenção é trazer a tecnologia e lançamentos em tempo real a cada mês, porque é assim que está acontecendo no nosso ramo. Todo mês teremos uma novidade. Isso é para os interessados poderem, tocar, sentir e fazer o manuseio na prática, acredito que os  arquitetos e projetista nossa cidade terão muitos benefícios com isso.

Folha do Sudeste: Então mesmo em meio a pandemia a empresa está a todo vapor?

Geovane: Sim, tivemos a felicidade de ver o ramo da construção civil crescer e com o nosso diferencial conseguimos atender muitas obras. Nós não paramos um dia durante a pandemia, mas trabalhamos com toda a proteção. Além dos EPIs, primamos pela segurança de nossos colaboradores, trabalhadores das obras e clientes, obedecendo as normas do Ministério da Saúde. Então, trabalhamos no sistema de máscaras por horário, elas são trocadas sempre, e fizemos até cores diferentes por turno, para termos a certeza das trocas. Todos os carros da empresa contém álcool em gel e os nossos vidros são limpos com etanol após a instalação. Somos a única empresa do ramo da região a adotar o sistema.

Folha do Sudeste: E o lado social da empresa? Como é trabalhado?

Geovane: Usamos falar que somos uma empresa de relacionamento que por acaso vendemos vidro. Temos uma preocupação lá nos nossos credos, no interior da fundação da empresa, a nossa missão desenvolveu que qualquer entidade religiosa, livre de julgamento, e que trabalha pela evolução espiritual de um grupo, pode receber o serviço a preço de custo, fazemos a obra livre de lucro. Sabemos que principalmente agora, nesse momento, é muito difícil angariar recursos.

Folha do Sudeste: E o que mais a cidade pode esperar da Orolglass?

Geovane: Olha, para o final desse ano, teremos o showroom, e para o ano que vem, com certeza, traremos a nossa indústria de esquadrias de alto padrão, gerando mais de 50 empregos diretos, só de saída. O mercado está pedindo e nós estamos atendendo.

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