Tudo começou há cerca de 20 dias, quando um vereador do município de Muriaé foi procurado por um suposto Policial Federal que detinha informações privilegiadas de uma empresa em nome do vereador de uma dívida de, aproximadamente, R$36 mil junto à Receita Federal.
O tal policial disse que tinha um apoio na referida instituição e que conseguiria eliminar a dívida se ele repassasse R$ 850,00.
Acreditando ser verdade, o vereador depositou o valor na conta informada pelo meliante e, passados alguns dias, o estelionatário voltou a procurá-lo propondo uma sociedade, uma vez que poderiam trabalhar na região com obras e empreitadas.
Diante da possível negociação, Natanael Alves de Souza, entregando os documentos para abertura da suposta empresa, começou a utilizar maquinários do vereador em uma Granja de Porcos às margens da MGT 265.
O vereador alega que teve prejuízos no valor de R$10 mil com uso de caminhões e mão-de-obra, R$6 mil em materiais de construção e R$5 mil em depósito na conta da locadora Almeida e Leal Serviços Ltda de Juiz de Fora.
Segundo relatos do vereador e sua esposa, uma vez que a sociedade seria em nome desta com o estelionatário, neste período o suspeito deixou um veículo Fiat Pálio de cor azul em uma oficina, alegando ser uma viatura da PF descaracterizada. Como necessitava de um veículo para se locomover, por três dias o vereador cedeu seu veículo Toyota Corolla ao acusado.
Foragido
Após ser denunciado, Natanael Alves de Souza desapareceu. Conforme informações da Polícia Militar, ele circula por cidades como Juiz de Fora, Manhumirim e Além Paraíba.
O endereço que consta na Polícia Civil e Militar de Natanael é de Juiz de Fora. A Polícia Civil vai continuar as investigações para prender, mais uma vez, o estelionatário.
O foragido foi detido pela primeira vez em novembro de 2013 ao se passar por médico na região e sendo contratado, inclusive, por prefeituras.
“Doutor” Natanael Aves de Souza, de 25 anos de idade à época em que foi preso, em 2013, era procurado pela Justiça de Minas Gerais, acusado de dar golpes e se passar por médico em mais de trinta cidades.
Na ocasião, foi detido em um hotel na cidade de Além Paraíba, na Zona da Mata de Minas Gerais.
Uma das denúncias foi feita em 12 de fevereiro de 2012 nas cidades de Alto Jequitibá e Manhumirim, ambas em Minas Gerais.
O registro na ocasião foi feito pela própria Secretaria Municipal de Saúde do Alto de Jequitibá que, após contratá-lo como Cirurgião Geral, Cardiologista e Ginecologista obstetra, verificou que o número do CRM (Conselho Regional de Medicina) pertencia a outro profissional, devidamente regulamentado.
Bom de lábia, para conseguir o emprego, o meliante se passava por parente de deputados e até prefeitos.
“Receita” prescrita pelo falso médico
Nome do paciente suprimido para evitar exposição e por ser uma das vítimas do suspeito