A Associação dos Violeiros de Muriaé foi homenageada pela Escola de Samba do bairro Padre Tiago, o Marambloco, que entrou na avenida com o Samba Enredo “Pego minha viola e canto uma canção”. A presidente da Associação, Erotilde Francisca de Souza foi o destaque principal da escola no carro alegórico e um dos fundadores da Associação, Antônio Coelho, o Jacaré, também desfilou e teve o nome citado diversas vezes no samba. Eles mal conseguiram conter a emoção.

Erotilde afirmou que se sentiu honrada quando recebeu o convite para desfilar.  “Foi com muita alegria que aceitamos o convite do Paulinho. Estou muito feliz. Emocionada mesmo! É muito importante receber a homenagem em vida, o samba fala dos que já se foram e eram pessoas muito íntimas e queridas nossas, parentes, que deixaram saudades e também a sua marca na Associação, conquistando muitos prêmios em festivais da região. E ouvir o povo cantando essa história na avenida é de fazer o coração bater muito forte.”

Outro homenageado que também desfilou no carro alegórico sob aplausos e muita emoção foi um dos fundadores da Associação que existe desde 2005, Antônio Coelho, o Jacaré. Ele contou que ouvir seu nome ser repetido várias vezes no samba, como o “Senhor Jacaré” foi de tirar o fôlego. “Primeiramente agradeço a Deus por me deixar receber em vida tamanha homenagem, que não é só minha, mas de toda a Associação dos Violeiros. A letra conta como foi fundada a associação: eu carregava esse sonho comigo e Deus me abençôo e eu consegui realizar o projeto, que vem conquistando, a cada dia, mais espaço na cultura da nossa cidade. Não tenho palavras para agradecer tamanha homenagem recebida, mas agradeço a todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para que isso acontecesse e ao presidente do Marambloco, o Paulinho, e todos seus componentes que nos receberam de braços abertos.”

O autor do samba enredo, Reginaldo Calixto, conta que não foi fácil fazer o samba nascer, mas que o parto aconteceu de uma vez só. “Meu pai, o Naldinho, e o Paulinho, que é o presidente da escola, se juntaram para fazer um samba homenageando os violeiros de Muriaé. Eu tentei escrever a letra por muitas vezes e não vinha nada. Até que um dia, eu estava me arrumando para ir trabalhar, pego no trabalho às 17h e já eram 15h30, sentei com um caderno nas mãos e saiu o samba todinho. Do nada, veio uma luz assim: “Pega na viola e canta uma canção” aí nasceu a música. Então sentei com meu irmão que é mestre de bateria e colocamos o samba na cadência da música. Foi muito gratificante homenagear a Associação de Violeiros de Muriaé.”

 

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