Centenas de professores e funcionários da Escola Estadual Silveira Brum em Muriaé, além de pais e responsáveis, se reuniram na Praça João Pinheiro e seguiram em passeata até a Superintendência Regional de Ensino. O objetivo do movimento é saber quando os quase 800 estudantes poderão voltar a ter aulas na sede da Escola, localizada na Rua Presidente Artur Bernardes no Centro.

O grupo escolar, um dos mais tradicionais de Muriaé, funcionava há 106 anos no mesmo local. Mas em setembro de 2018, em função de uma ação pública exigindo adequações das instalações, os alunos precisaram ser transferidos para a Escola Estadual Padre Maximino Benassati (PREMEM) e para o CESEC, ambos no bairro São Francisco, aproximadamente a dois quilômetros do Silveira Brum. A sala de recursos, secretaria e direção continuaram funcionando no Centro.

As 26 turmas, 13 no matutino e 13 no vespertino estão abrigadas nas escolas desde 10 de setembro do ano passado.  Na época, a previsão era de que as obras durassem cerca de 120 dias, no máximo. Estavam previstas instalação de mecanismos de acessibilidade e prevenção de incêndios e pânico e reforma do telhado. Mas apenas uma rampa foi construída e os trabalhos estão paralisados há mais de 200 dias, de acordo com alguns pais, que estão indignados.

Indignação, agora, acrescida de medo e desconfiança, depois que um jovem de 14 anos invadiu o PREMEM e tentou atacar a facadas uma garota de 13. Antes, o adolescente já havia postado foto em rede social exibindo uma arma carregada e também, ameaçou uma educadora e esvaziou os pneus do carro dela, filmando a ação e divulgando pelo Whatsapp.  “Nosso objetivo é que os responsáveis pelas obras vejam que não estamos mortos”, afirmaram responsáveis e professores. “Também é preciso que todos saibam que temos crianças com idades entre 6 e 11 anos, estudando com adolescentes. Estamos inseguros.”

A diretora da Escola Silveira Brum, Nilza Salvato, explicou à Folha do Sudeste que o Estado cumpriu a sua parte, fez o projeto, depositou o dinheiro e quando houve impedimentos, conseguiu o engenheiro para adequar o projeto.

O Superintendente Regional de Ensino, Sandro Carrizo, enviou nota de esclarecimento á imprensa informando que a SRE está ciente dos transtornos que a situação tem ocasionado á comunidade escolar e ratificando o empenho da SRE e da Direção da Escola Estadual Silveira Brum pára a resolução do problema.

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