Realmente Matemática é a praia de Bernardo Silveira Freitas, 16 anos. Prova disso são os excelentes resultados que ele tem conquistado, rendendo até medalhas. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) – realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), que visa estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área -, foi um dos testes em que o estudante pôde utilizar para mensurar seu nível de aprendizado. Na edição de 2016, quando concorreu, junto a 18 milhões de estudantes do país, ainda estudando pela Escola Estadual Desembargador Canêdo (DECA), ele teve um grande desempenho, conquistando a medalha de Bronze, com a qual foi congratulado no dia 08/07, em Cerimônia Regional realizada em Viçosa MG, para onde ele viajou em companhia de sua mãe e da vice-diretora do DECA, Marluce Soares. Mas essa não foi a primeira: Bernardo já havia conquistado a medalha de Bronze na edição de 2015 da OBMEP, portanto as conquistas consecutivas têm se tornado frequentes em sua vida. Atualmente, ele cursa Eletrotécnica no IF Sudeste – Campus Muriaé, localizado na Barra.

Segundo ele, apesar da prova ser teoricamente obrigatória, muitos alunos não levam a sério, mas, com dedicação e empenho ele conseguiu passar para as segundas fases, obtendo boas pontuações, as quais levaram-lhe às conquistas relatadas. “Sempre minha matéria preferida foi Matemática, além de ter muita afinidade pela área de Exatas, comprovado também pelo meu curso no IF. Acho muito bom essa parte de lógica e raciocínio. Ainda não decidi qual área seguir, mas tenho planos para Engenharia, ainda um pouco em dúvida qual: elétrica ou mecânica. Na área de Humanas não sou muito bom e também não me desperta muito interesse. Meus professores de Matemática sempre me apoiaram muito e no DECA tinha muito incentivo para esforçar em tirar notas boas. Minha família também sempre deu total apoio, principalmente minha mãe, sempre interessada em saber quando saíam os resultados e qual nota eu consegui. Fiquei muito feliz com mais essa conquista”, completa.

Vivendo a realidade nas escolas, Bernardo percebeu que muitos alunos só fazem a prova ‘por fazer’, querendo terminar cedo para serem liberados, ou seja, marcando as opções sem ler ou lendo com desinteresse. Até mesmo muitos dos que passavam para a segunda fase da OBMEP nem chegavam a fazer o novo teste. Esse é um panorama que ele acredita ser necessário mudar na Educação brasileira.

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