A família Guarino é uma das mais tradicionais em Muriaé. O jornal Folha do Sudeste procurou a matriarca, Letizia Guarino de Oliveira, 87 anos, que contou um pouco da história de seus familiares, responsáveis pela direção centenária de um dos comércios mais conhecido em nossa cidade: a Casa Guarino, fundada em 25/06/1910, há exatos 117 anos. Tudo começou quando seu pai, Giuseppe Antonio Guarino (ficou conhecido em Muriaé como José Guarino), veio da terra natal Fardella na Provincia de Potenza na Itália, para o Brasil com 17 anos, estabelecendo-se em Muriaé. Giuseppe morou em Faria Lemos MG, onde conheceu quem seria sua esposa, Serafina Datolle Guarino. Eles se casaram e vieram para Muriaé, onde tiveram 9 filhos (Nicolino, Maria, Ilda, Giselda, Carmelita, Danilo, Renato, José e Letizia), sendo aqui criados e fazendo seu patrimônio. Era um rapaz novo, simples e modesto, homem empreendedor, católico praticante, pai e chefe de família exemplar. No ano de 1927, quando foi inaugurado o Hospital São Paulo, tomou-se parte ativa, sendo eleito várias vezes provedor. No mesmo ano, foi instalado o Colégio Santa Marcelina, cujas irmãs encontraram nele total apoio em todos os setores do seu desenvolvimento, ajudando muito a instituição de ensino. Era também nomeado vice-cônsul da Itália em Muriaé.
José Guarino recebeu várias homenagens, sendo uma delas na ocasião da comemoração das Bodas de Prata da Casa Vesuvio em 1935. Em 1955 recebeu o título de Cidadão Muriaeense por tudo que fez na cidade, já que ajudava e contribuía muito com o município. Seu lema era: ‘O que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber’, por isso nunca aceitou outros títulos de destaque na época. Passou a trabalhar como ajudante de pedreiro, subindo posteriormente na vida graças a seu esforço, chegando a fundar junto com seu sogro, a Datolle & Guarino, posteriormente conhecida como Casa Vesuvio. O comercio, no Centro da cidade, ocupava todo o quarteirão, que tinha o nome de Vila Guarino. Seu sogro foi para a Itália, onde adoeceu e chegou a falecer. Quando o filho Renato Guarino entrou para a sociedade, a loja passou a se chamar Guarino & Companhia, sendo conhecida posteriormente como Casa Guarino, hoje nas mãos de Miguel Junior (sobrinho-neto de Letízia, filho de sua sobrinha Maria Ignez, por sua vez filha de Renato). A loja tinha vários setores: presentes, eletrodomésticos, materiais de construção (inclusive os mais pesados para prédios), enfim, era um estabelecimento completo, que tinha de tudo.
Na época da crise do café, Giuseppe teve alguns contratempos, porque também comercializava o produto. Apesar de certa dificuldade, conseguiu vencer e passou a lidar com arroz, tendo o maquinário apropriado. As maiores conquistas que Letizia Guarino atribui a seu pai são a de pessoa honesta, exemplar, respeitada na cidade e honrado, orgulho para toda família. Ela lembra também de sua mãe, sempre ao lado dele, dando força, ajudando a criar os filhos e trabalhando em casa para ajudar. “Sou abençoada pelos familiares que tive e tenho. Agradeço por tudo que recebemos. Meu pai veio de tão longe e conseguiu formar uma família, motivo de muita felicidade para todos nós”, declara ela.
ENTREVISTA: MIGUEL GUARINO
Miguel Lamoglia Lopes Junior, proprietário administrativo do empreendimento, também concedeu uma entrevista para o jornal Folha do Sudeste, falando um pouco sobre a atualidade, seu segmentos comercial e as expectativas para o futuro da Casa Guarino.
JFdS: Com quantos funcionários a loja começou e quantos possui hoje?
Miguel: Começamos com 8 colaboradores, hoje contamos com 19, totalmente treinados para melhor atender nossos cliente, com uma loja no Centro e outra na Barra.
JFdS: Quais os produtos e serviços comercializados?
Miguel : Trabalhamos com materiais para construções em geral.
JFdS: Qual o diferencial da loja com relação a seus concorrentes?
Miguel: Buscamos fornecer um atendimento diferenciado e a pronta entrega dos produtos, para que as pessoas fiquem totalmente satisfeitas.
JFdS: Quando aconteceu o projeto de expansão com mais uma loja e qual a sua avaliação sobre este investimento?
Miguel: Nasceu da necessidade de melhor atender os clientes de outros bairros, que eram um pouco mais distantes da loja principal.
JFdS: Quais as maiores dificuldades vivenciadas na loja ao longo de todos esses anos de história?
Miguel: No princípio, tínhamos relatos dos antepassados sobre as guerras. Hoje em dia, as maiores dificuldades estão relacionadas à cobrança de impostos e mudanças de Governo.
JFdS: Quais foram as maiores conquistas?
Miguel: Sem dúvida nenhuma foi a fidelização de nossos clientes e a conquista de novas pessoas que passaram também a comprar conosco.
JFdS: Quais metas traçadas vocês ainda buscam consolidar?
Miguel: Nosso principal objetivo está sempre relacionado ao crescimento, expansão e solidez no mercado.
JFdS: Como você avalia seu segmento comercial paralelo à crise econômica vivenciada pelo Brasil?
Miguel: Apesar de todas as dificuldades, continuamos acreditando e trabalhando para reverter a situação, ultrapassando todos os contratempos.
JFdS: Você se recorda de algum fato engraçado que aconteceu em todos esses anos de história?
Miguel: Há cerca de 40 anos, o famoso atleta Anibal Ligório participou da tradicional Corrida da Fogueira, patrocinado pela Casa Vesuvio. Durante o percurso, ele pegou carona em um caminhão e desceu mais à frente, chegando na reta final, sem ninguém perceber, vencendo então a prova, fato que arrancou muitas risadas quando outras pessoas ficaram sabendo da esperteza dele.
JFdS: Quais são as expectativas para o futuro próximo?
Miguel: Nossa visão se volta ao presente, com o que está acontecendo e o que podemos fazer para adaptar.
JFdS: Como você define seus clientes fidelizados?
Miguel: Sempre pensamos no sucesso e são eles que nos ajudam atingir essa meta. São pessoas fiéis, verdadeiros amigos, aos quais agradecemos pela confiança em nosso trabalho e por todos os anos que estão conosco.
JFdS: E quais estratégias têm usado para conquistar novos clientes?
Miguel: Investimos no marketing em geral, porque sempre deu resultado, e devemos continuar nesse ritmo.
A Casa Guarino agora está em novo endereço: Av. Comendador Freitas, Centro, próximo ao Mercado Levate.
Saiba mais na edição 767 do Folha do Sudeste
Estou buscando conhecer a história da chegada da família Guarino no Brasil.
Moro no sul do Piauí precisamente em Eliseu Martins…aqui na região tem muitos Guarino o nome do meu avô se chama José Guarino da Rocha inclusive na cidade onde ele morou e morreu tem uma rua que se chama José Guarino da Rocha,uma homenagem a ele por ser um cidade presente forte
Olá Márcia ,eu sou o Miguel.
Tudo bem ?
Olha,a melhor pessoa pra responder as suas perguntas é a tia Letizia.
Me me dá um toque no e-mail ,que eu te mando o número de celular dela.Tá legal!
Abraços
Bom dia! Minha bisavô veio da Itália e se chamava Ventura Lamoglia. O marido dela, meu bisavô, era Genaro Natali, grande amigo do patriarca da família Guarino. Gostaria de saber se Miguel Lamoglia Lopes Junior tem algum parentesco com minha bisavó. Estou tentando fazer a árvore genealógica dos meus bisavós. Caso tenha algum fato ligado às famílias Natali e Lamoglia, gostaria de conhecer. Grato desde já.
Olá Jorge,como vai ?
Olha acho meio difícil você conseguir essas informações.Da família Lamóglia sobrou pouca gente e os que restam,que eu conheço,acho não tem essa informação.Eu tenho uma tia chamada Letizia,que talvez possa te dar alguma informação sobre a família Guarino.
Caso você queira posso pedir o contato dela e te passar por e-mail.Tá joia. Um abraço,
Ola, bom dia! para uma pesquisa acadêmica sobre o histórico da cidade de Muriaé, gostaria de saber se o Dr. e atual vice-prefeito da cidade, Marcos Guarino, é da tradicional família Guarino de Muriáe. Grata!
Gostaria de saber mais sobre a familia Guarino,sobre minha origem
Oi estou muito feliz por ter o guarino em meu nome eu minha vó meu avô e minha mãe somos gratos e gostaria de saber um pouco mas sobre a família guarino
Bom dia !
Minha bisavó Angelina tem 100 anos, e ela é a mais antiga da família hoje, gostaria de saber mais sobre a nossa árvore genealógica.
se puder me manda um e-mail!
Gente boa noite,meu sobrenome é Guarinho, alguém sabe algo sobre esse sobrenome?
Alguém conheceu Alexandre Ligorio meu avô?
Boa tarde Miguel, tudo bem? Me chamo Felipe, sou natural de Itaperuna. Estou em busca de minha árvore genealógica em virtude de querer tirar cidadania italiana. Giuseppe Antonio Guarino me parece ser o irmão do meu trisavô Domenico (Domingos) Guarino, casado com Anna de Souza Guarino. Se vc for capaz de confirmar essas informações, me parece que seus pais (de Giuseppe Antonio Guarino e Domenico) eram Francesco Guarino e Maddalena Guarino. Na certidão de nascimento Letizia Guarino contém as informações e se estas batem. Um abraço cordial, aguardo seu retorno.
Olá gente meu jovem é zilda da Silva Fernandes, minha mãe faleceu eu tinha 5 anos ,hoje com tô 50 anos ,nunca sobe nada da família da minha mãe, só sei que seu nome era Marta guarina da silva, procuro até hoje algo sobre ela obg se tiver alguém q possa me ajudar
Ainda tem descendência da família guarino na Itália
Oi! Eu me chamo Ana Victória Guarino Soares, sou neta na Aurea Celia Guarino do Carmo, filha de nicolino, nossa parte da família está no Rio de Janeiro 🙂