A desembargadora Ana Paula Caixeta explicou a importância das parcerias institucionais para garantir a efetividade da Lei Maria da Penha (Foto: Mirna de Moura/TJMG)

 
Kits informativos, doados pela coordenadoria, foram distribuídos pela Polícia Militar

A 1ª Companhia de Polícia Militar Independente de Prevenção à Violência Doméstica, que atua na capital mineira, distribuiu, desde o início deste mês, cerca de 300 kits, contendo máscaras de proteção contra a transmissão da covid-19 e folders explicativos. O material foi entregue às vítimas atendidas pelas 17 equipes que integram a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica. Todos os kits foram doados pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

 

Em abril, a Comsiv já havia apoiado uma campanha similar, porém com a distribuição de 400 kits pela 2ª Companhia da Polícia Militar Independente de Prevenção à Violência Doméstica, que atua na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A superintendente da Comsiv, Ana Paula Caixeta, ressaltou que a Polícia Militar, por meio das unidades específicas que atuam no combate à violência doméstica, tem sido uma importante aliada, tanto no enfrentamento dos casos de violência quanto no apoio às ações da coordenadoria do TJMG. “O momento é de fortalecimento das relações institucionais para que toda a rede atue em prol da efetividade da Lei Maria da Penha”, defendeu.

A desembargadora destacou ainda que a distribuição das máscaras, neste momento de pandemia, tem a dupla finalidade de proteção. “Aproveitamos a oportunidade para falar às mulheres em situação de vulnerabilidade sobre a importância de se proteger contra o coronavírus e esclarecemos também sobre o combate à violência doméstica.”

Prevenção

A tenente-coronel Cleide Barcelos dos Reis Rodrigues, comandante da 1ª Companhia, disse que a entrega dos kits ocorreu num segundo momento do atendimento, quando entra em ação a patrulha de prevenção à violência doméstica. “Depois do primeiro atendimento e do acolhimento, começa o nosso trabalho, que é de ajudar, apoiar e orientar as vítimas”, disse a policial militar.
 
Polícia Militar fez a entrega de máscaras de proteção e de folders com a lista das instituições que compõem a rede de enfrentamento à violência doméstica (Foto: Divulgação/TJMG)
 
Nesse contato posterior ao primeiro atendimento, a tenente coronel Cleide explicou que as vítimas recebem instruções sobre os órgãos e entidades que compõem a rede de enfrentamento aos casos de violência contra a mulher. “Elas são conscientizadas de que, além dos números de telefone 190 e 180, há outras instituições às quais elas podem recorrer para sair do ciclo de violência”. Durante esse atendimento, as vítimas receberam o folder explicativo da Comsiv, contendo os telefones de entidades que atuam no combate à violência de gênero, e a máscara de proteção.

Receptividade

Para a tenente-coronel, esse trabalho de conscientização é fundamental para dar voz e levar conhecimento às vítimas. “A receptividade foi ótima. Quando mostramos que há uma rede de enfrentamento, elas se sentem mais amparadas. Por isso, ações como essas são fortalecedoras”, afirmou. Para a policial militar, habituada ao atendimento das demandas de violência doméstica na capital, compartilhar informações e disseminar esse conhecimento é fundamental para que as vítimas se conscientizem que é possível sair da situação de violência.
 
Kits foram entregues durante os atendimentos realizados pelas equipes especializadas no combate à violência contra a mulher (Foto: Divulgação/TJMG)
 
A tenente-coronel explica que, em muitos casos, quando as vítimas se dão conta de que é preciso buscar ajuda, elas não sabem a quem recorrer. “Por isso, temos convicção de que a informação liberta e transforma a realidade dessas mulheres”, disse.

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom/Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG
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